Fui convidada por Rui Mascarenhas a participar do Sarau na Fundação Casa.
Foi com muita alegria me sentindo mesmo privilegiada, que de pronto aceitei o convite.
Acordei apreensiva, pensando no que repartir com aqueles jovens, apreensiva também para sentir de fato como realmente são essas instituições que a mídia sensacionalista nos mostra.
A principio nervosa, um tanto envergonhada, esqueci a poesia no meio, pois bem, é coisa que pode acontecer, dei risada como quem diz, nem tudo é perfeito...logo, você, interno ou não também é poesia...”Sintaxe a vontade”
Foi uma tarde incrível, o que mais me tocou foi um jovem, com muita dificuldade na pronuncia das palavras, com um sorriso de satisfação no rosto que leu três poemas e o amigo ao lado incentivando-o todo momento. Pensei...se fosse em sala de aula com certeza os colegas de classe estariam fazendo a maior chacota.. Um outro jovem me surpreendeu lendo sua própria escrita falando de ancestralidade, e visando bem a inclusão sócio racial. Um outro jovem leu dois contos de amor, um outro frisou a importância da família. Uma pena que o tempo era curto, saímos de lá e vários jovens com vontade de recitar poesia. E eu não acreditava.
Neste contexto, me parece de GRANDE relevância o surgimento, de oficinas de estímulo para direcionamento de tanta energia.
Onde é que está a mídia sensacionalista que não vê a coisa boa acontecendo?
Fiquei tão encantada com aquela tarde que por um segundo me esqueci. É sensacionalista e tão somente!!!
Eu vi/senti/reparti e ouvi a PALAVRA COMO AGENTE TRANSFORMADOR.
Ps: Obrigada Rui pelo convite, Marcelino Freire, Edilene, Marcelo, Regiane, Rivaldo, Fábio e todos os jovens pela palavra compartilhada, essa foi uma daquelas tardes, que volto pra casa mais feliz, e cheia de novas idéias.
Axé sempre!
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